O transtorno bipolar, também chamado de bipolaridade, doença bipolar, distúrbio bipolar ou doença maníaco-depressiva, é uma transtorno mental caracterizada pela alternância de humor entre a depressão (com momentos de profundo desânimo) e a mania (marcada por episódios de intensa euforia).
Afeta igualmente homens e mulheres e costuma ter início na adolescência ou até mesmo depois dos 30 anos. Manifesta-se de várias formas, uma vez que existem diferentes tipos da doença, e os episódios de oscilações de humor também podem acontecer em fases variadas – podendo durar dias, meses, anos ou ser ainda menos frequente.
A frequência da alternância de humor também varia muito como o tratamento: quando instituído corretamente, os episódios maníacos/depressivos tendem a ser cada vez mais raros.
Toda variação de humor é bipolaridade?
Muitas pessoas costumam se referir a variações de humor naturais da rotina como “bipolaridade”. É essencial desfazer este mito. As pessoas naturalmente têm momentos de euforia e de tristeza.
Isso, porém, não significa que seja necessariamente um caso de transtorno bipolar. É preciso passar primeiro pela avaliação de um psiquiatra, que poderá identificar se o paciente passa pelas fases do distúrbio ou se os sintomas apresentados correspondem a outra doença.
Fases do transtorno bipolar:
Devido ao nome, existe a crença de que o transtorno bipolar se resume a duas fases: uma de euforia ou alegria extremas e outra de tristeza. Na realidade, os episódios da doença apresentam características complexas e, nem sempre fáceis de identificar.
Podemos qualificar as fases do transtorno em três: mania, depressão e hipomania. Conheça um pouco sobre cada uma delas:
Mania:
É a fase do distúrbio em que o paciente fica muito eufórico sem que haja um motivo para isso. Ele também pode apresentar um humor irritável e até mesmo episódios repentinos de fúria e agressividade.
Depressão:
Ao contrário da chamada fase “maníaca”, o paciente apresenta sintomas típicos da depressão nesta fase do distúrbio. Falta de energia, prazer ou vontade de fazer coisas, tristeza profunda, alteração do apetite, falta de concentração e distúrbios do sono são alguns sintomas comuns.
Hipomania
Esta fase é marcada por um estado de euforia menos intensa e que traz menos prejuízos ao paciente, o que muitas vezes se passa desapercebida.
O problema é que varias pessoas que apresentam a fase hipomaníaca acabam evoluindo posteriormente para a fase maníaca e, por não apresentarem sintomas tão graves, podem acabar negligenciando o tratamento e prejudicando, deste modo, sua estabilização.
Quais são os sintomas do transtorno bipolar?
O principal sintoma da bipolaridade é a variação drástica de humor, a qual deve ser manifestada de diversas formas. Abaixo, conheça algumas delas, conforme a sua respectiva fase da doença.
É essencial ressaltar, porém, que nem todo paciente apresentará todos os sinais listados, visto as múltiplas formas pelas quais o transtorno pode se manifestar.
Mania:
- Hiperatividade
- Aumento da energia
- Fala acelerada
- Pensamentos acelerados
- Autoestima bastante elevada
- Agitação
- Irritabilidade
- Compulsão alimentar
- Temperamento oscilante
- Senso de humor arrogante
- Distração
- Falta de sono
- Aumento da libido
Depressão
- Desânimo
- Tristeza profunda
- Fadiga
- Falta de energia
- Baixa autoestima
- Insônia ou excesso de sono
- Falta de apetite
- Dificuldade de concentração
- Perda de interesse em atividades cotidianas ou que antes eram prazerosas
- Pensamentos sobre suicídio
- Abuso de substâncias, como álcool e outros tipos de drogas
Quando ocorrem as oscilações de humor?
Não há como prever quando o paciente pode apresentar as oscilações de humor do distúrbio bipolar. Apesar disso, há vários estudos científicos que mostram que esses episódios podem variar conforme a estação do ano.
Muitos pacientes podem apresentar episódios da fase maníaca em estações mais quentes, como verão e primavera. Já a período depressivo é mais comum em estações mas frias – inverno e outono. Mas, nem sempre isso é uma regra.
Da mesma forma, as oscilações podem ser mais frequentes para algumas pessoas do que para outras. Em média, estima-se que os episódios ocorram mais ou menos quatro ou cinco vezes ao ano. Porém também podem acontecer diariamente, dependendo do paciente.
Como é o diagnóstico?
Os sintomas iniciais geralmente são percebidos por pessoas que fazem parte do convívio do paciente, como amigos e familiares próximos.
Os sinais devem ser relatados ao profissional – de preferência um psiquiatra –, que é quem irá avaliar a pessoa com atenção e, se julgar necessário, solicitar exames.
De início, o objetivo desses exames é vasculhar outras possíveis causas dos sintomas.
Tratamentos possíveis:
O tratamento para o transtorno bipolar visa estabilizar os sintomas e reduzir a frequência de oscilação de humor.
O acompanhamento deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, usualmente formada por psiquiatras, psicólogos e neurologistas. Juntos, eles procuram entender a origem e os gatilhos das oscilações de humor para, deste modo, determinar o tratamento mais adequado ao paciente.
Em geral, a abordagem mais comum é o uso de medicamentos indicados especificamente para estabilizar o humor. Em casos extremos, hospitalização também pode ser indicada.
Quando os sintomas já estão estáveis, o foco do tratamento concentra-se na retomada da rotina de vida do paciente.
Transtorno bipolar tem cura?
Sim e não. Ainda que, após determinado tempo de tratamento, os sintomas da doença estejam estabilizados, é importante não interromper o uso dos medicamentos a não ser que o médico recomende.
Não há garantia de que, com a interrupção do tratamento, os sintomas não irão retornar.
Como conviver bem com o transtorno?
Em meio ao tratamento, é essencial que o paciente mantenha um estilo de vida saudável e que procure ao máximo se distanciar daquilo que possa provocar episódios de oscilação de humor.
A melhor maneira de fazer isso é praticando exercícios físicos com regularidade, abandonando vícios (cigarro, álcool e outros tipos de drogas), procurar não se distanciar de amigos e família, estabelecendo uma rotina de sono saudável, alimentando-se bem e comprometendo-se com o tratamento.
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